Como você gerencia seu tempo?

Trabalho, convivência com a família, lazer…

Muitas vezes as horas que gastamos absorvidos nas atividades profissionais podem se sobressair, fazendo com que abdiquemos ao tempo, que de fato, gostaríamos de dedicar à convivência com quem amamos.

Somos constantemente levados a fazer escolhas: se quiser conquistar bens para usufruir com quem ama, é preciso dedicação ao mundo do trabalho. Porém, ao fazer isso, acaba restringindo o tempo de convivência.

A vida é repleta de dilemas, que nem sempre são fáceis de lidar.

Em seu livro, “Por que fazemos o que fazemos: aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização”, Mario Sergio Cortella aborda esse assunto destacando que “o nível de gratificação ou de remorso dependerá muito de como despendeu esse precioso recurso chamado tempo”.

Daqui a há alguns anos você pode olhar para trás e pensar que a maneira como utilizou seu tempo valeu a pena, ou pode lamentar pelo que deixou de viver.

Para escolher sabiamente como utilizar bem o tempo é preciso se questionar sobre qual o propósito maior que você carrega.

Ao fazer escolhas, sempre abdicamos de algo, e a insatisfação acaba nos acompanhando.

Cortella afirma que seres humanos possuem uma “lacuna”, uma sensação do oco, provocada pela angústia. E destaca o papel primordial da angústia em nossas vidas: “Quando o sujeito tem a sensação do nada, tudo passa a ser possível. Por isso, a escolha se dá a partir da angústia”.

Citando Heidegger, o autor ressalta ainda, que a angústia é onde você se encontra. Essa lacuna possibilita a liberdade de decisão. Levando isso em consideração, entendemos que um nível de insatisfação é benéfico.

A sua trajetória se resulta de escolhas. E o caminho pode ser mudado, porém é preciso entender que apesar das muitas possibilidades disponíveis, é fundamental elencar uma prioridade, que requer exclusividade.

E para conseguir definir a ordem de execução de prioridades e metas é preciso ter um propósito forte e bem definido.

Lembre-se que cada escolha têm um custo. Por isso reflita bem sobre o que é mais importante, sobre onde quer chegar e o do que está disposto a abrir mão para alcançar o seu propósito .

Pense nisso!

Um grande abraço!

Referência: Cortella, Mario Sergio. Por que fazemos o que fazemos? : aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização. – 1 . ed. – São Paulo : Planeta, 2016