Qual a sua relação com a segunda-feira?
Se você odeia, começa a semana com tristeza, precisa refletir sobre seu propósito.
Em seu livro “por que fazemos o que fazemos”, Mario Sergio Cortella, afirma não acreditar que “a pessoa que sofra demais com a chegada da segunda-feira esteja apenas cansada.” e completa dizendo que “na verdade ela não está se encontrando naquilo que faz, precisa rever os propósitos que tem para aquilo que está fazendo.”
Quando um funcionário repensa sua atividade e se deseja continuar no mesmo lugar, isso reflete no bem-estar da convivência no local de trabalho, com efeito na produtividade.
Conviver com quem passa a semana torcendo pra chegar sexta-feira, pode ser nocivo.
Cortella diz que o problema não é dizer ” hoje é sexta-feira”. Ele explica que a encrenca está em “aguardar com tanta intensidade que chegue esse dia, que não se consiga aproveitá-lo por absoluta ansiedade.”
Vivemos ciclos, por isso é compreensível o desejo que o fim de semana chegue logo. Após um período se esforçando, o intervalo de folga pra descansar é valorizado.
Porém, o descanso em diferentes culturas é diferente. Não só em questão de dias de descanso na semana em relação aos dias trabalhados, mas também sobre períodos de férias.
Cortella destaca que na nossa sociedade “queremos, como na Europa, ir diminuindo o número de horas que trabalhamos para ganhar mais e trabalhar menos. o que é uma coisa inteligente, se, claro coletivamente sustentável.”
Porém, o problema é que nas empresas as tarefas não são distribuídas de maneira equilibrada e algumas pessoas acabam ficando sobrecarregadas.
Isso é bem comum, por exemplo, quando há extinção de cargos. Quem permanece acaba acumulando funções. Cortella adverte que: “pressionado pelas circunstâncias, ele pode até render por um tempo, mas depois chegará à exaustão.”
Empresas inteligentes devem valorizar funcionários, principalmente aqueles nos quais investiram na formação, pois é mais dispendioso preparar pessoas novas para exercer a função.
A área de Recursos Humanos precisa incentivar funcionários a refletirem sobre seus propósitos, a buscarem atividades em que realmente se realizem, e não os sobrecarregarem. Com certeza isso irá refletir diretamente na produtividade e economia do negócio.
Pense nisso!
Um grande abraço!
Referência: Cortella, Mario Sergio. Por que fazemos o que fazemos? : aflições vitais sobre trabalho, carreira e realização. – 1 . ed. – São Paulo : Planeta, 2016