Você já deve ter escutado frases como:

– Homens não choram

– Mulheres são mais sentimentais e homens racionais.

– homens são melhores em matemática

– Mulheres não são boas no volante

E etc..

Ao longo da vida escutamos essas e outras frases, não só uma, mas várias vezes.

Frases como essas caracterizam estereótipos, crenças que atribuem supostas características comuns a pessoas que fazem parte de um grupo social, raça, gênero, nacionalidade ou que possuem determinada religião. E essa generalização pode ser tanto negativa quanto positiva.

É importante destacar que os estereótipos excluem a individualidade.

E é justamente as características singulares de cada indivíduo que faz de você  único.

Só porque você é mulher não significa, por exemplo, que você seja uma motorista ruim ou uma pessoa sentimental. Assim como o fato de uma pessoa ser do sexo masculino não a faz ser mais racional, pois todos somos seres humanos e possuímos características próprias.

Cada pessoa possui um enorme potencial a ser explorado.  Por isso se faz necessário deixar estereótipos e preconceitos de lado, e trabalhar as competências que cada um tem de melhor.

Estereótipos costumam prejudicar o desenvolvimento do potencial que muitas pessoas possuem, e nesse ponto eu destaco aqui as mulheres.

Questionar e superar esses estereótipos faz parte de um processo que as mulheres conhecem bem, um processo que vem evoluindo e sendo desconstruído ao logo do tempo.

Com base no livro de metodologia Carrer Coaching de Villela da Matta e Flora Victoria , te convido para juntos analisarmos a maneira que as mulheres eram vistas a décadas e séculos atrás, e como elas vêm lutando para combater os estereotípicos:

Século XIX – meados do século XX

Devido a Revolução Industrial, as mulheres começaram a trabalhar em fábricas, e lutaram por seus diretos, reivindicando melhores condições de trabalho, assim como o direito à educação e ao voto.

Apesar de, por exemplo, as brasileiras terem conquistado o direito de votar em  1932, havia restrições, como a necessidade da autorização do marido.

Anos 40 

Em 1949 a escritora francesa Simone de Beauvoir, deu um passo importante na luta por igualdade e reconhecimento ao lançar o livro “O Segundo Sexo”, no qual ela contesta estereótipos femininos que restringem o papel das mulheres na sociedade. E consagra sua famosa frase “ ninguém nasce mulher: torna-se mulher”.

Anos 50 e 60

Em 1963 outra mulher também usa a literatura como instrumento para mudar a maneira de  enxergar as mulheres, a escritora americana Betty Friedan.

Tendo como base uma abrangente pesquisa, ela lançou o livro “A Mística Feminina”.

Em seus estudos, a escritora chegou a conclusão de que as mulheres são estimuladas a apenas viver em função da família.  Com isso, ao deixar de desenvolver seu potencial as mulheres dessa época consequentemente desenvolviam depressão, devido à frustação de se anular como pessoa, e acabaria por descontar no consumismo a fim de tentar preencher o vazio existencial.

Anos 90 em diante

Nesse período outra Americana fez história, Indra Nooy. Ela foi a primeira mulher a assumir e exercer o cargo de presidente da Pepsico, além de ter entrado para a lista das CEOs mais poderosas do mundo.

Em 2010 Brasil elegeu a primeira mulher presidente do país, Dilma Roussef.

 

Essas conquistas nos mostram que embora os estereótipos ainda sejam fortes na nossa sociedade e nas diferentes culturas, a tendência é que eles continuem a ser questionados cada vez mais.

Ao analisarmos os erros e acertos do passado, podemos fazer diferente no presente, transformado o futuro.

As novas gerações estão cada vez mais atentas e conscientes sobre o direito de cada um ter  liberdade para expressar sua individualidade.

É importante respeitar as escolhas individuais e entender que, por exemplo, uma mulher pode escolher se realizar na vida familiar, na carreira ou em ambas as situações.

Que ela pode querer, ou não, ter filhos.

Somos livres para decidir nossos caminhos e arcar com as consequências de cada escolha.

Como Coach, revejo o meus próprios estereótipos e tento desconstruí-los. Para assim poder te ajudar a desafiar os seus.

Outro ponto que merece atenção,  pois contribui para que você consiga se empoderar cada vez mais e ter o controle sobre a sua vida , é identificar o “locus de controle”.

Trabalhar essa questão irá te ajudar a ser um apessoa capaz de  lidar com pressões, ser dona do seu próprio destino e não depender da aprovação dos outros.  Tendo um maior controle sobre a sua vida, consequentemente você irá conquistar seus objetivos.

Locus de controle

Villela da Matta e Flora Victoria abordam o conceito de  Locus de controle, desenvolvido pelo psicólogo americano Julian Rotter.

Como já dissemos anteriormente,  o locus de controle tem relação com a maneira como lidamos com a pressão. Locus vêm do latim e significa lugar. Portanto Locus de controle pode ser definido como o “local” em que uma pessoa concentra o poder de controle sobre o que acontece em sua vida.  Os autores explicam que o locus de controle pode ser externo ou interno:

Se você costuma culpar as circunstâncias,  o destino e outras pessoas pelo o que acontece na sua vida, você certamente possui locus de controle externo, como consequência você acaba cedendo a pressões e costuma buscar a aprovação de outras pessoas.

Diferente de quem tem o locus de controle interno, que são pessoas que tendem a assumir a responsabilidade por tudo o que acontece na sua vida e acredita que fazem seu próprio destino, com isso lidam melhor com pressões e encontram validação em si mesmas.

 

Referência: Carrer Coach – Sociedade Brasileira de Coaching