Quantas vezes você já insistiu em algo mesmo sabendo que não deveria?

Quando pensar que “ainda é possível”, pondere!

Para o filósofo Mário Sergio Cortella, o “ainda dá” não deve ser só um desejo, precisa ser uma atitude baseada na realidade.

Ter motivação é importante, mas não se deve agir de maneira imprudente. É necessário ter um planejamento e estar preparado.

Em um dos capítulos do seu livro, “Ainda dá!: A força da persistência,” Cortella destaca a persistência no mundo corporativo. O filósofo destaca: “É válido esgotar as possibilidades antes de se redefinir o rumo. Porém, há momentos em que é necessário se render às evidências.”

Ele completa o raciocínio diferenciando atitudes: “persistência é a capacidade de não desistir de algo, enquanto a teimosia é marcada pela insistência inflexível, quando se age sem cogitar outros modos de atuação.”

Ao não desistir, reflita sobre o que não está saindo como esperado e procure alternativas para alcançar o que deseja, agindo assim você estará sendo uma pessoa persistente, não teimosa.

Cortella chama a atenção para a maneira que como analisamos resultados parciais.  Ele diz: “se eu não consigo obter nenhum avanço parcial no processo, não posso imaginar que haverá sucesso ao final” . O autor acrescenta: “uma pessoa que persiste sabe que, durante o processo, precisará recalcular a sua  rota caso os primeiros indícios sejam desfavoráveis”.

Ainda analisando a teimosia, Cortella afirma que ” uma pessoa teimosa  é aquela que não desiste de sua convicção, mesmo que os indícios sinalizem insucesso. De maneira geral, a pessoa que só insiste, em vez de persistir, fica mais vulnerável a perdas e danos.”

Por isso é importante encerrar ciclos. Não só nos negócios, mas em outros aspectos da vida. Precisamos ser flexíveis. Porém, segundo Cortella destaca: ” Cabe sempre lembrar que há uma diferença entre ser flexível e volúvel. Alguém que muda toda hora, sem muito critério, é volúvel. Flexível é aquele que, diante das evidências, é capaz de alterar a rota.”

Torne um hábito questionar a situação em que você se encontra. Assim você não corre o risco de ficar no automático. Mudar a rota não é fácil, é preciso ponderar, para saber se realmente é preciso.

Para ajudar na tomada de decisão, Cortella compartilha um critério: “quando os senões são em maior número que as razões para permanecer numa determinada situação, é hora de tomar uma atitude.”

Avalie se o “apesar de” sobressai ao “por causa de”. Se isso acontecer é um sinal de que está na hora de mudar.

As vezes a conveniência dificulta colocar em prática a mudança. Por isso você deve analisar bem o cenário, se preparar e avaliar o melhor momento para agir.

Nesse processo tenha paciência, para tomar decisões e agir de maneira assertiva.

Pense nisso!

Referência: CORTELLA, Mario Sergio. Ainda dá!: a força da persistência. Editora Planeta do Brasil, 2020.